Dr.Otacilio Cassiano Neto

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

73 mortes, geram protesto no Campeonato egípcio!


Manifestantes protestaram na Praça Tharir, no centro do Cairo, contra o “massacre” que deixou, pelo menos, 73 mortos, na noite passada, após a partida entre o Al Ahli e o Al Masry, na cidade mediterrânea de Port Said, válida pelo Campeonato Egípcio. O trânsito de veículos foi interrompido no local. Os acessos ao prédio da rádio e da TV estatais foram bloqueados.
Centenas de pessoas continuam acampadas na Praça desde 25 de janeiro, pedindo a saída imediata do comando militar que governa o país após a queda do regime do ditador Hosni Mubarak, no ano passado.
No prédio do Ministério do Interior, as medidas de segurança foram reforçadas, por temor de que os torcedores do Al Ahli e os rivais do Zamalek entrassem em confronto na região.
Nesta quinta, a cúpula da junta militar reuniu-se com alguns dos jogadores envolvidos no conflito.

Homem manifesta indignação após o confronto entre torcidas no Egito / (Foto: Reuters)
O líder da junta militar que governa o país, Marechal Mohamed Hussein Tantawi, prometeu investigar e punir os que estiverem por trás dos confrontos que deixaram, ainda, ao menos, mil feridos.
“Este tipo de evento pode acontecer em qualquer lugar do mundo, mas não vamos permitir que os que estão por trás fiquem impunes”, disse Tantawi, em entrevista a uma emissora egípcia pertencente ao Al Ahli.

Torcedor chega ao Cairo sob aparato militar / Foto: AFP
Segundo o chefe militar, todas as vítimas receberão assistência do governo, tão logo o caso seja investigado.
“Nós vamos superar esta fase. O Egito será estável. Temos um plano para transferir o poder aos civis eleitos. Se alguém está tramando trazer instabilidade ao Egito, não terá sucesso. Todos terão o que merecem”, afirmou. Tantawi endossou que a segurança do jogo era responsabilidade da polícia.
Políticos e dirigentes esportivos criticaram a falta de segurança no jogo entre Al Masry e Al Ahli, um dos clubes de maior popularidade do país, e acusaram os governantes locais de coação no ocorrido dentro e fora do estádio.
“Isso é lamentável e profundamente triste. É o maior desastre na história futebolística do Egito”, disse o vice-ministro da Saúde, Hesham Sheiha, à TV estatal.
Torcedores do Al Ahli e Al Masry duelam no gramado após jogo do Campeonato Egípcio / Foto: AP
fonte:Felipe Barbosa/jornalismo.fc

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