O voto vencido na decisão de demitir o técnico Mano Menezes rompeu o último
laço que prendia Andrés Sanchez a José Maria Marin. Nesta terça-feira, 20 dias
após deixar o cargo de diretor de seleções da CBF, o ex-presidente do
Corinthians garantiu que deseja entrar na disputa pelo maior cargo da principal
entidade do futebol nacional em 2015, quando terminaria o mandato de Ricardo
Teixeira - Marin era o vice-presidente mais velho e herdou o
cargo.
Sanchez garantiu que ocupar o cargo de presidente da CBF é sua
missão no futebol nacional, até mais do que a ideia de reassumir o comando do
Corinthians. Segundo o ex-dirigente da entidade, que até extinguiu o cargo após
sua saída, a gota d’água para a revolta contra o atual mandatário é ter acertado
as bases do contrato com Luiz Felipe Scolari antes de demitir Mano Menezes. Em
reunião na sede da Federação Paulista, Zona Oeste de São Paulo, Marin e Marco
Polo Del Nero decidiram pela saída do substituto de Dunga, contrariando a
opinião do diretor de seleções.
"Eu vou fazer um esforço muito grande
para não voltar ao Corinthians como presidente. Mas na CBF eu tenho essa missão,
porque o futebol brasileiro tem muito o que melhorar", ressaltou Andrés Sanchez,
à Rádio Bandeirantes . O ex-diretor da CBF ainda completou a crítica: "Eles
pensavam que eu seria mais uma "rainha da Inglaterra" e que ficaria do lado
deles e quieto. Não sou desse perfil".
A ideia de Sanchez é fazer na CBF
o mesmo que fez com o Corinthians, assumindo a presidência com ‘data de
validade’, renovar as ideias e nomear um sucessor que, no caso da equipe campeã
mundial, foi Mário Gobbi. O ex-diretor de seleções já havia manifestado esse
desejo no Japão, para onde foi torcer pelo clube contra o Chelsea. Segundo a
revista Época , Andrés Sanchez já teria conversado com presidentes de clubes e
federações para organizar a oposição a José Maria Marin.
Fonte: ig
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