Dr.Otacilio Cassiano Neto

Dr.Otacilio Cassiano Neto

sexta-feira, 30 de março de 2012

Divulgando o Rio Grande do Norte - Currais Novos/RN




Currais Novos é um município brasileiro no interior do Rio Grande do Norte. Localizado a 172 km da capital estadual, Natal. Currais Novos se encontra na região do seridó, na região central do estado junto à divisa com o estado da Paraíba. Considerada um centro sub-regional, suas principais atividades econômicas são a agricultura, pecuária e a extração mineral.
Seu simbolo turístico é a estátua "Cristo-Rei", réplica fiel, mas em menor proporção, da estátua do Cristo Redentor, que foi trazida da França e doada por Cel. Manoel Salustino em 1937. A cidade destaca-se pelo Carnaxelita, maior micareta do interior do estado e que notadamente atrai turistas de várias partes do interior nordestino.
De forte formação geológica, o município também se destaca por abrigar a Mina Brejuí, a maior mina de chelita da América do Sul e o Canyon dos Apertados, único canyon de rocha granítica do mundo.
De acordo com o censo realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano 2010, sua população é de 42 668 habitantes, o que classifica Currais Novos como o nono município mais populoso do estado
Tipo: clima muito quente e semi-árido, com estação chuvosa atrasando-se para o outono.Precipitação Pluviométrica Anual: normal: 500 mm observada: 615,1 mm desvio: 4,6 mm.Período Chuvoso: fevereiro a abril.Temperaturas Médias Anuais: máxima: 33,0 °C  média: 27,5 °C mínima: 18,0 °C  umidade relativa média anual: 64% .Horas de Insolação: 2.400


Historia da cidade
A cidade de Currais Novos foi colonizada inicialmente por Criadores de Gado, dentre os quais o mais importante foi Cipriano Lopes Galvão, nomeado Coronel do Regimento de Cavalaria da Ribeira do Seridó pelo então governador Pedro de Albuquerque Melo, e agricultores que têm em sua origem cristãos-novos vindos dos Açores e de Portugal continental.
Cipriano Lopes Galvão veio de Igaraçu- PE com sua esposa Adriana de Holanda e Vasconcelos no ano de 1754 para a região do Totoró. No local, fixou residência e fundou uma fazenda de gado. Quando requereu as terras em 1754, cujo requerimento consta no livro número 5 de Sesmarias do Rio Grande do Norte, já morava no local há anos e tinha seu rebanho bovino com os devidos empregados, chamados de vaqueiros. É certo que sua sesmaria abrangia desde a bifurcação emtre os rios Totoró e Maxinaré até a região do Rio São Bento.
Na época, não existia o município de Acari nem o de Vila do Príncipe (atual Caicó) e toda a região, então denominada Ribeira do seridó, pertencia à Paraíba.
Aproveitando as boas pastagens que o Rio São Bento oferecia, o gado de seu rebanho se deslocava até aí para se alimentar e beber, fato que dificultava o trabalho dos seus empregados. Observando tal dificuldade, resolveu construir currais de pau-a-pique, com troncos de aroeira, nos quais tirava- se o leite das vacas, adestrava-se os bezerros e marcava-se o restante do gado com o método do ferro moldado e aquecido no fogo. Contavam com uma infra- estrutura para a troca e comercialização, bem como para a hospedagem dos parceiros comerciais. A partir destes, casas começaram a ser construídas e vários outros fazendeiros passaram a requerer terras nas circunvizinhanças para aproveitar a proximidade com a emergente feira de gado.
Com o crescimento da feira de gado, o Coronel Cipriano resolveu desmembrar o espaço de suas terras, dando-lhe o nome de Fazenda Bela Vista. Após sua morte em 1764, seu filho, o Capitão- Mor Cipriano Lopes Galvão Filho, assumiu os negócios, reformou os currais e investiu cada vez mais no comércio do gado. Bela Vista foi ficando casa vez mais movimentada, já que era ponto de encontro comercial de várias partes do estado. Todos os tropeiros e viajantes marcavam suas reuniões nos "Currais Novos do Capitão", nome pelo qual o crescente povoado passou a ser designado.
A partir de 1813, com a morte do seu dono, mudou-se o nome definitivamente para povoado Currais Novos, nome que persiste até os nossos dias, a preferência pelo nome "Currais Novos" fundamenta-se na troca feita pelos moradores, isto é, as pessoas que residiam próximo aos currais velhos existentes no povoado passaram a residir perto dos novos currais.
No início do século XX, surgiu dentre os mais influentes a proposta de mudança do nome para Galvanópolis, em homenagem ao fundador. Tal idéia, apesar de ter ganhado força, não atingiu seu objetivo, uma vez que o próprio nome Currais Novos já relembra toda a origem e história do município.
No ano de 1755, houve uma grande seca. O Coronel Cipriano Lopes Galvão viu-se muito aflito com a inexistência de água para seu rebanho.
Celestino Alves, em Retoques da História de Currais Novos, nos cita: O Capitão fez uma promessa: se Deus fosse servido para que chovesse e enchesse as cacimbas para escapar o gado, ele erigiria uma capela em homenagem à gloriosa Senhora Santa Ana na sua fazenda. Tal promessa foi feita em 26 de julho, dia em que a água acabou totalmente. Na mesma noite , choveu e os rios e cacimbas encheram, formando um novo poço próximo aos currais, ao qual chamou de Poço de Sant'Ana.
Em 1808, a dita promessa foi cumprida com a construção da capela por seu filho, o Capitão-Mor Cipriano Lopes Galvão, que teve sua autorização outorgada pelo Bispo de Olinda em 24 de fevereiro de 1808, tendo o lançamento da pedra fundamental ocorrido em 26 de julho do mesmo ano pelo padre Francisco Brito Guerra. A doação de meia légua de terras na ponta da Serra do Catunda está registrada em escritura lavrada em 5 de janeiro de 1808.
A partir daí começou a construção acelerada de casas ao redor do templo e surgiu o início da construção da atual zona urbana.

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