Dr.Otacilio Cassiano Neto

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Lateral italiano campeão do mundo, Fabio Grosso quer jogar no Brasil


Famoso por ter convertido o pênalti que deu o tetracampeonato mundial à Itália, na Alemanha, em 2006, o lateral-esquerdo Fabio Grosso está disposto a ingressar em uma nova experiência no futebol.

Prestes a completar 35 anos e sem clube desde julho, quando saiu da Juventus, Grosso garante nesta entrevista ao Lancenet! que não está aposentado, ainda quer se divertir no futebol e vê no Brasil um bom lugar para atuar.

- Se essa hipótese vier mesmo a acontecer, seria fascinante. Mas vamos aguardar. Se for real, ficarei muito contente - afirmou o italiano.

O jogador vai ter a oportunidade de conhecer o país a partir do dia 24 deste mês, pois estará na Soccerex, participando de um jogo festivo com ex-astros na Praia de Copacabana.

Lancenet!: O que você tem feito ultimamente?
FABIO GROSSO: No momento estou relaxando e à espera. Quero uma experiência fora da Itália que seja boa para mim e minha família. Continuo treinando e tocando a vida aqui na Itália, fazendo as coisas que eu gosto.

LNET!: Por que você saiu da Juventus?
FG: Estive na França por dois anos com o Lyon e ganhei títulos (Campeonato Francês, Supercopa e Liga da França). Depois disso, voltei à Itália em um grande time, como é a Juventus. Mas quando cheguei, a equipe estava em um momento diferente e não era tão bom quanto parecia. Passei um ano aqui jogando pouquíssimo. Por uma escolha minha, quis mudar. Decidi não renovar contrato.

LNET!: Pensa em jogar no Brasil?
FG: Qualquer lugar em que eu me sinta bem, vou levar em consideração. Jogar no Brasil é uma boa ideia. Gostaria de ter uma experiência fora. Tive proposta de longe, de outros países como Austrália, mas não avançaram. Tenho que avaliar bem as opções e buscar aquilo que me agrada. Não conheço o Brasil pessoalmente, mas sei que é um país que vai receber tanta coisa boa nos próximos anos, que seria bom se essa hipótese vier mesmo a acontecer, seria fascinante. Mas vamos aguardar. Se for real, ficarei muito contente.

LNET!: Que tipo de referência você tem dos brasileiros?
FG: Sempre gostei da mentalidade dos brasileiros, me dei bem com eles (Julio César, Maicon, Lucio, Fred...). Os relatos do Brasil eram ótimos. Quem sabe posso um dia estar aí para ver pessoalmente como é.

LNET!: Como avalia sua carreira? Imaginava que um dia poderia ser campeão do mundo?
FG: Comecei de tão baixo e aos poucos fui subindo degraus. Quando era pequeno, meu sonho era jogar na Série A. Depois, com 23 anos, já conseguido isso, passei a focar no sonho da Copa. Sou feliz por tudo que fiz na carreira até aqui. É a coisa que mais gosto de fazer. Tenho 50 jogos pela seleção italiana e para mim, que comecei em categorias menores, não passava de um sonho. Mas com trabalho, paixão, professionalismo, pude chegar até lá.

LNET!: Qual sua recordação da final da Copa de 2006?
FG: No nível esportivo, seguramente foi o dia mais importante da minha vida. É uma emoção única. O percurso para participar da Copa do Mundo com meus companheiros foi difícil. Mas era um grupo unido, com jogadores de muita qualidade. As coisas não andaram tão bem, mas devagarzinho fomos alcançando os sonhos e superamos os obstáculos. Foi uma coisa única.

LNET!: Por que você foi o último a bater o pênalti na disputa contra a França?
FG: Eu já tinha sofrido o pênalti no último minuto contra a Austrália. Depois, fiz um gol na prorrogação contra a Alemanha. O treinador (Marcello Lippi) pensou que se já tinha dado certo nos jogos anteriores, não seria naquela noite que daria errado (risos). Uma emoção enorme.

LNET!: O que você viu da cabeçada de Zidane em Materazzi?
FG: Do campo, não vi nada. Zidane, um jogador de qualidade enorme, cometeu um erro. Mas penso que a carreira dele foi brilhante, sempre teve caráter.

LNET!: Fiquei sabendo que você tem uma relação especial com o ex-lateral Júnior...
FG: Não o conheço pessoalmente, mas o via quando criança nas partidas do Pescara. Era uma diversão. Um jogador com seriedade, qualidade e personalidade. Deixou recordações incríveis para o futebol italiano e principalmente para Pescara, que é a cidade onde cresci. E hoje jogo na mesma posição que ele.

LNET!: O que pensa sobre a experiência de Seedorf no Brasil?
FG: Seedorf tem uma classe e bravura enorme. Penso que a escolha dele foi muito pensada. Um dos melhores jogadores do futebol europeu, de qualidade impressionante. Está em uma experiência diferente e desejo que esteja bem. Ainda faz a diferença no time em que joga.

LNET!: Como vê o atual momento da seleção italiana?
FG: Cesare Prandelli está fazendo um ótimo trabalho, está conseguindo fazer coisas importantes com jogadores mais jovens. Vencer ou não vencer a Copa das Confederações e a Copa do Mundo depende de vários fatores. Mas quando a Itália participa de qualquer competição, acredito que pode ir muito bem.

LNET!: Qual sua opinião sobre o Calcioscomesse (escândalo de apostas na Itália)?
FG: São coisas muito delicadas, não gosto de comentar, pois é uma coisa feia do futebol. Infelizmente acontece por aqui, mas não gostaria de comentar...

LNET!: Por que ainda não parou de jogar?
FG: Decidi que na Itália não jogo mais. Estou bem fisicamente e se tiver uma oportunidade fora será ótimo. Mas estou bem tranquilo, vou aceitar se for uma coisa que me agradar. Não chegou o dia de desistir. Quero me divertir ainda jogando futebol.

Fonte: Lancenet

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