Lá estavam eles, em bando, como sempre. Berrando, cantando, aplaudindo e
chorando. Uniformizados, apaixonados, doentes.
Inconsequentes,
desesperados por um simples ato de carinho que, na soma, dizia apenas: “eu
acredito em você”.
Uns mais exaltados, outros mais contidos, mas todos
completamente envolvidos no recado mais bem dado do mundo.
Empurrar,
empurrar, empurrar! Pra cima, pra baixo, pra série B ou pro Japão. Corintiano
empurra o Corinthians pra todas as direções.
Ontem, pro
Japão.
Qualé a dúvida que qualquer evento que envolva torcedores na
cidade de São Paulo será maior quando alvi-negro? Se viajam, levam mais gente. E
quando voltarem, se campeões, também terão mais para recebe-los.
Lá, do
outro lado do mundo, serão recorde de publico de um finalista sulamericano. Como
no Maracanã na década de 70, corintiano não conhece fronteiras para o
Corinthians.
E antes que algum irresponsável tente transformar tudo
aquilo numa notícia isolada de um marginal ou outro que brigou, quebrou e se
exaltou, é preciso reforçar a fé que os moveu até lá.
Ninguém precisa
sair de casa segunda-feira, na capital do transito, para ir ver um time passar
de onibus na sua frente e gritar, em meio a outros 15 mil: “Eu
acredito!”.
Eles precisam.
Mais do que eles, só o
Corinthians.
Movido por isso quando faltou seriedade e competência, não
pode virar as costas pro seu maior motivo agora que não depende só
dele.
O Corinthians cresceu, vai viajar sozinho, tentar a sorte numa
“cidade grande”.
Como legítimos parentes eles foram ao aeroporto se
despedir e deixar a certeza que, se falharem, é só voltar pra casa e serão
acolhidos novamente.
Se triunfar, porém, verão a maior festa que esta
cidade cada dia menos festiva já viu.
Vai,
Corinthians!
Foi!
abs,
RicaPerrone

Fonte: Rica Perrone
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