Dr.Otacilio Cassiano Neto

Dr.Otacilio Cassiano Neto

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Brasil vive risco de epidemia de Chicungunya, com 17 casos confirmados

Doenças infecciosas

Número de casos de chikungunya no Brasil sobe para 20

Infecções pelo vírus da doença, cujos sintomas são semelhantes ao da dengue, ocorreram fora do país

Mosquito 'Aedes aegypti', transmissor da dengue, também passa o vírus chikungunya
Mosquito 'Aedes aegypti', transmissor da dengue, também passa o vírus chikungunya (Jardel da Costa/Futura Press/VEJA)
Subiu para vinte o número de casos confirmados de febre chikungunya no Brasil em 2014, informou o Ministério da Saúde nesta segunda-feira. A doença é semelhante à dengue e também é transmitida pelo Aedes aegypti. Todas as infecções foram contraídas fora do país, em regiões onde há circulação do vírus causador da doença. Mais de metade dos casos (11) foram identificados no Estado de São Paulo e outros três, no Rio de Janeiro.
fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/numero-de-casos-de-chikungunya-no-brasil-sobe-para-20




260 mil pessoas já foram infectadas no Caribe
Foto: Divulgação

RIO - A doença é parecida com a dengue, mas muito mais dolorosa. Trata-se da febre Chicungunya, originária da África, responsável por severas dores nas articulações que podem perdurar até por anos após a fase aguda da infecção. Dezessete casos já foram registrados no Brasil — aparentemente todos de pessoas que contraíram a enfermidade no exterior —, e especialistas acreditam que a deflagração de uma nova epidemia é inevitável. O vírus é transmitido pelos mosquitos Aedes aegypti Aedes albopictus, os mesmos responsáveis pela propagação da dengue.


A febre foi detectada pela primeira vez em 1952, na fronteira da Tanzânia com Moçambique. A doença se espalhou por várias regiões da África e da Ásia, e, atualmente, há surtos cíclicos em aproximadamente 40 países, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). Em dezembro passado, no entanto, a infecção foi registrada pela primeira vez nas Américas e vem se disseminando com muita rapidez: já foi reportada em 30 nações da região. No empobrecido e castigado Haiti, onde o Brasil mantém um contingente de militares, a epidemia está completamente fora de controle.

— O risco (de epidemia no Brasil) é iminente — garante o infectologista Stefan Cunha Ujvari, autor do livro “Pandemias” (Ed. Contexto). — A qualquer momento vai começar uma epidemia, não há mais como evitar: a doença é transmitida pelo aedes e segue a mesma rota da dengue. Basta um mosquito picar um doente aqui que vai passar adiante.
Dos 17 casos registrados no Brasil, 15 envolvem militares e missionários brasileiros que regressaram de missão no Haiti. Os outros dois são de brasileiros que estiveram na República Dominicana a turismo. “Outros dois casos estão em investigação, também de pessoas vindas desses mesmos países. Todos os pacientes apresentaram um quadro leve, estável e de evolução clínica favorável”, informou o Ministério da Saúde ontem, em comunicado.

— Não está claro se essas pessoas infectadas também trouxeram para o país mosquitos com o vírus — alertou Robert Muggah, diretor de pesquisa da ONG Instituto Igarapé, que realizou um levantamento sobre a doença no Haiti, entre 19 e 31 de maio deste ano.

260 MIL PESSOAS AFETADAS NO CARIBE

Segundo o especialista, diversos outros militares que integram as tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Haiti, teriam contraído a doença por lá, sem, no entanto, voltar doentes ao país. Entretanto, eles podem ter trazido mosquitos infectados. Além disso, estamos em plena Copa do Mundo, recebendo milhares de turistas de diversas partes do mundo — todos potenciais portadores do vírus. Teoricamente, basta que um mosquito pique uma pessoa na fase febril da doença e transmita o vírus a outra para que a doença comece a se disseminar.


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