- 11/04/2016 23h16
- Brasília
Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Para
o ministro-chefe do Gabinete Pessoal da Presidência da República,
Jaques Wagner, o resultado da votação de hoje (11) na comissão especial
do impeachment indica que o Planalto pode conseguir 213 votos no
plenário da Câmara dos Deputados, no próximo domingo, e, com isso,
acabar com o processo. mas defendeu que o governo, nesse caso, calce as
"sandálias da humildade": ele pediu serenidade e bom senso para que
essa agenda não continue "atrapalhando o Brasil".
Wagner
conversou com jornalistas após a comissão do impeachment aprovar, por 38
votos a 27, o relatório favorável ao afastamento de Dilma do cargo.
Segundo ele, a proporção dos votos na comissão ficou dentro das
expectativas do governo, e fez com que a previsão de haver mais de 200
votos contrários ao impeachment se mantivesse.
O
ministro fez uma conta segundo a qual na comissão os que são contrários
ao impeachment representam 41%, e que, se esse percentual for mantido
no plenário, o governo teria 213 votos, acima dos 172 necessários para
derrubar o processo.
Segundo o ministro, os 27 parlamentares que
votaram contra o parecer do relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO),
são "heróis da democracia". Questionado se, reprovado este pedido, a
Câmara dos Deputados não poderia apreciar outras denúncias contra a
presidenta, ele pregou "humildade" do governo e "serenidade do lado de
lá".
"Acho que todo mundo tem instinto de sobrevivência, e espero
que depois de domingo, encerrado e barrado esse processo do
impeachment, o bom senso volte a reinar. Da nossa parte, seguramente
estaremos com a sandália da humildade. Que eu acho que, após esse
processo, não cabe rancor e raiva, ao contrário. Cabe compromisso com o
Brasil, com a nossa gente, com a economia brasileira", declarou.
De
acordo com Wagner, o processo "pela derrubada" de Dilma tem atrapalhado
o Brasil nos últimos 15 meses e impedido uma agenda propositiva que
resgate o crescimento econômico e a geração de emprego.
“Os
contra o governo, ou se preferirem, os que pregam esse golpe
dissimulado, podem comemorar o número, mas eles têm consciência que esse
número não dá a eles o resultado que gostariam”, disse, acrescentando
que outros dois deputados declaradamente contrários ao impeachment não
puderam votar por motivos de saúde e orientação da bancada.
Edição: Jorge Wamburg
fonte : http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-04/wagner-preve-que-governo-tera-213-votos-camara-para-derrotar-impeachment
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