Ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez foi sondado pela equipe do
petista Fernando Haddad para assumir a Secretaria Municipal de Esportes, que no
próximo ano terá a função de organizar a abertura da Copa de 2014 em São Paulo.
Amigo pessoal de Lula e filiado ao PT desde 2009, Sanchez negocia sua
participação na Prefeitura com deputados estaduais do partido enquanto aguarda o
convite oficial de Haddad, que deverá ser feito nos próximos dias.
A
indicação ganhou força na sexta-feira, quando o técnico Mano Menezes, aliado de
Sanchez na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foi demitido. Atual diretor
de seleções da entidade, o corintiano deve oficializar sua saída hoje.
A
participação do dirigente na equipe petista não é novidade. Sanchez foi figura
constante na campanha de Haddad, especialmente no segundo turno, quando passou a
fazer caminhadas pela zona leste ao lado do candidato. Influente entre os
torcedores corintianos, chegou a pedir votos no canteiro de obras do Itaquerão,
estádio que deve receber a partida inaugural da Copa.
Incentivado por
Lula, o empenho de Sanchez o aproximou da equipe petista. O contato constante
levou o são-paulino Haddad a brincar que não pagaria a ajuda mudando de time.
Semanas antes da eleição, declarou que a cota alvinegra na família já era
exercida pelo filho, Frederico, corintiano assumido.
A amigos, Sanchez
ressalta que defendeu a eleição de Haddad desde o início, quando pesquisas
indicavam apenas 3% de intenção de voto ao petista. E lembra que tem bom
trânsito entre empresários e políticos - foi na sua gestão à frente do
Corinthians que o time conseguiu patrocínio para iniciar a construção do
estádio. A Prefeitura, aliás, é a principal apoiadora. Com o aval da Câmara, a
gestão Gilberto Kassab (PSD) aprovou pacote de isenções fiscais ao clube
avaliado em R$ 420 milhões.
Disputa. A oficialização de Sanchez no cargo
acabará com uma batalha entre dois aliados do futuro governo. Tanto o PMDB de
Gabriel Chalita como o PCdoB da vice-prefeita eleita, Nádia Campeão, disputam o
comando da secretaria, que em 2013 deve ter orçamento inicial de R$ 263 milhões,
com previsão de alta.
Mais do que comandar a verba municipal, o futuro
secretário terá visibilidade assegurada, pelo menos até o fim da Copa - São
Paulo pode receber a partida inaugural e também uma das semifinais. E ainda vai
ter participação nas negociações envolvendo patrocínios milionários no
pré-Mundial.
Até agora, a participação de Sanchez só tem um impedimento:
a pretensão do corintiano de alçar voos mais altos. Não é de hoje que ele
demonstra interesse em ser presidente da CBF. Nesse caso, o ex-jogador Raí está
na fila.
Fonte: Msn
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