
Blogueiro da Fox Sport, José Ilan, expressa sua opinião:
Que me perdoem muitos, mas vou remar contra a maré.
A punição ao 
Corinthians de jogar todos os seus jogos com portões fechados é muito 
exagerada.
Antes de tudo, quem escreve aqui é um jornalista que passou 
dezenas de horas dos últimos dias vendo imagens da tragédia em Oruro, lendo, 
assistindo e editando inúmeras reportagens sobre o caso, produzindo outras 
tantas, destrinchando causas e consequências de um ato inconsequente e 
criminoso.
Não é fácil para um pai de um menino de sete anos, que adora 
futebol e já frequenta estádio, ficar alheio e insensível ao caso. Absolutamente 
não é o caso. Ao contrário. Trata-se de uma morte horrenda, imperdoável e, 
sobretudo, desnecessária.
Mas daí a punir-se pesadamente uma instituição, 
e indiretamente milhões de pessoas pelo crime cometido por um ou dois 
indivíduos, vai uma distância enorme.
Faço questão de não opinar baseado 
no regulamento da Conmebol, aquele tal que admite até a exclusão do time da 
Libertadores. Este não é um parecer jurídico. É uma reflexão pelo bom 
senso.
Pés no chão, cabeça fria, clubismos guardados no baú, proponho 
algumas questões:
Qual a culpa que tem o Corinthians pela morte de Kevin 
Espada? O clube era o mandante do jogo? O responsável pelo policiamento? O 
encarregado pela revista na porta do estádio? O dono do estádio em Oruro? O 
responsável legal pela pessoa que apontou uma arma mortífera em direção aos 
torcedores do San José? Foi o Corinthians que bancou a ida do culpado para a 
Bolívia, lhe deu ingresso, um rojão e ordenou que soltasse o artefato para 
frente?
Um clube e seus milhões de aficionados devem mesmo pagar por um 
crime cometido por alguém que simplesmente veste a sua camisa?
Fonte: Fox Sports
 
 
 
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