Dr.Otacilio Cassiano Neto

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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Caso Corinthians: exagero e incoerência



Blogueiro da Fox Sport, José Ilan, expressa sua opinião:

Que me perdoem muitos, mas vou remar contra a maré.

A punição ao Corinthians de jogar todos os seus jogos com portões fechados é muito exagerada.

Antes de tudo, quem escreve aqui é um jornalista que passou dezenas de horas dos últimos dias vendo imagens da tragédia em Oruro, lendo, assistindo e editando inúmeras reportagens sobre o caso, produzindo outras tantas, destrinchando causas e consequências de um ato inconsequente e criminoso.

Não é fácil para um pai de um menino de sete anos, que adora futebol e já frequenta estádio, ficar alheio e insensível ao caso. Absolutamente não é o caso. Ao contrário. Trata-se de uma morte horrenda, imperdoável e, sobretudo, desnecessária.

Mas daí a punir-se pesadamente uma instituição, e indiretamente milhões de pessoas pelo crime cometido por um ou dois indivíduos, vai uma distância enorme.

Faço questão de não opinar baseado no regulamento da Conmebol, aquele tal que admite até a exclusão do time da Libertadores. Este não é um parecer jurídico. É uma reflexão pelo bom senso.

Pés no chão, cabeça fria, clubismos guardados no baú, proponho algumas questões:

Qual a culpa que tem o Corinthians pela morte de Kevin Espada? O clube era o mandante do jogo? O responsável pelo policiamento? O encarregado pela revista na porta do estádio? O dono do estádio em Oruro? O responsável legal pela pessoa que apontou uma arma mortífera em direção aos torcedores do San José? Foi o Corinthians que bancou a ida do culpado para a Bolívia, lhe deu ingresso, um rojão e ordenou que soltasse o artefato para frente?

Um clube e seus milhões de aficionados devem mesmo pagar por um crime cometido por alguém que simplesmente veste a sua camisa?

Fonte: Fox Sports

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